quarta-feira, 25 de maio de 2011

Quero-te

Quero-te

Quero de leve tocar-te.
Desatando os laços,
Descobrindo os espaços
Da tua pele.

Quero sentir tuas mãos ,
Nas carícias mais suaves,
Acordando sensações,
Despertando emoções,
Aquecendo o inverno.

Quero o delicado tormento
Dos teus beijos apaixonados,
Desconectando-me de tudo,
Resumindo o mundo
A nós.

Quero descobrir
Teus desejos mais secretos,
mostrar minha alma neste este gesto.
Mil juras de amor
No silêncio dos olhares...
Mil vezes eterno.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Quebrada

Quebrada

Frágil como cristal partido,
Estou quebrada sem você comigo.
Pelo, mar vai o choro do rio
E na terra o silêncio.
Mãe que me acolhe,
Leve a dor que estou sentindo...
Nessas meias verdades
Nossas almas perderam o caminho.
No orgulho desfez-se o amor.
Criança de fogo e gelo,
Espírito que alimenta e consome,
Se ainda que distante
eu te levo em meu peito
Então prefiro viver sem meio coração.
Elo distorcido.
União sem sentido.
Você me quebrou
E eu cansei de sangrar.
Então não me peça perdão...
Não entende,
Não há mais nada.
Entre nós a distância
E na distância uma lágrima silenciada,
Lágrima de adeus.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Amanhã

 Amanhã


Amanhã é muito tarde para viver,
Amanhã é muito tarde para o sol acordar,
Amanhã,quem sabe, seja tarde para amar.

Eu sei e  você sabe também,
o depois é muito tarde para nós dois,
porque o nunca é o tempo
do amor que seria nosso.

Mas já não importa,
fecharam-se as portas
e o abismo não se desfez.
Aqui,agora,só restam o seu silêncio
e as batidas do meu coração.

Feridas

Feridas

 
Com minhas mãos 
abri minhas cicatrizes,
deixei o sangue percorrer meu corpo,
livremente.
Ajoelhei-me diante o mar,
pedi que levasse minha dor;
suas ondas lavaram o sangue e partiram,
mas em mim deixaram
o sal nas feridas.

domingo, 22 de maio de 2011

Solitário coração

Solitário Coração

Vagando pelas estradas da vida
Segue um solitário coração,
Tão cansado de sofrer e com suas feridas abertas
Busca, ele uma solução.

Seus dias são como noites sombrias.
Seu sol já se apagou.
Leva consigo apenas lembranças esmaecidas
Da felicidade que já acabou.

Tão ferido e tão iludido foi esse coração,
Ele procura a cura para sua dor.
Ele apenas quer descobrir
O que significa a palavra “amor”.

Tão machucado está esse coração,
Já sem forças para lutar,
Mas tolamente crê
Que ainda vale a pena amar.

E segue na sua inútil busca,
Pobre coração,
Busca esperançosamente
A luz na escuridão.

                                          

sábado, 21 de maio de 2011

Aprendi a viver sem ti

reAprendi a viver sem ti

O meu coração congelou,
No inverno que em minha alma se formou.
Tens razão em pensar
Que um amor nunca acaba,
Uma fantasia sim,
E o tempo te apagou de mim.

E se enganou achando
 Que iria esperar-te para sempre,
Pois o mundo girou
E o frio acabou,
E já não te tenho mais aqui.
Aprendi a viver sem ti
E ser feliz mesmo assim.

Já não olho para traz.
Minha fé é indestrutível.
Outro dia foi
E estou aqui,
Pois aprendi a viver sem ti.

Nada pode vencer-me.
Confio no destino,
E se é assim que vai ser,
Seguirei sorrindo.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O nada

O nada

No começo foi o silêncio,
Ecoando macio
Nas paredes da minha alma.

Depois veio a saudade,
Pesada,sufocante,
Alimentada pelas lembranças cálidas.

Então veio a tempestade,
explosão de todas as palavras
por tempos silenciadas.

Logo veio a concisa realidade,
Mas a decepção fria
Adormeceu a dor.

Aconcheguei-me na fantasia,
Ignorei o que se quebrou.
Até fiquei aliviada.

Só então veio a falta, lá dentro ocultada.
E justo agora que preciso de abrigo,
Percebo que jamais tive um.

Aqui, nesta sala lotada,
Olho em volta
E sorrio para o nada.

Meus dias

Meus dias

Se eu pudesse bem descrever 
Tudo que sinto agora,
Talvez, nessa hora,
Já não fosse tão difícil sonhar.
A realidade se confunde
Com o abstrato
E tudo muda,
E tudo sai do lugar,
Como um filme embaçado
Vejo meu tempo passar.
E penso nos dias
Que eu sabia amar...
Tédio,
Cansaço, 
Sei lá.
Apenas peço
Que tudo fique quieto
No seu devido espaço,
E o que precisa ser feito,
Eu faço...
No reflexo das minhas desilusões
Vejo as minhas tolas canções,
Às vezes rio,às  vezes choro,
Depois esqueço.
Afinal, o passado não pode ser refeito.
E até se pudesse refazê-lo,
Eu entendo, eu me conheço,
Não mudaria nada, nem os mínimos defeitos.
Pois quando mudamos o ruim,
O bom também se estraga,
E se não tivesse caído,
Quantas lições seriam apagadas.
E agora sei
Que os desamores que passei
Formaram tudo sou.
E por pior, ou melhor, que tenha seja,
O hoje está aqui,
Mas o ontem já passou.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Oposto II

Opostos

II

Tantas coisas perderam-se de nós,
Tantas renunciamos,
Era nosso destino.
Agora que chegamos neste ponto,
Redimidos ou irredutíveis?
Tão estranho pensar
Que já trilhamos a mesma estrada ,
Que sua dor foi o reflexo da minha...
Já não somos tão jovens,
E vejo tantas coisas de outra forma.
E refletindo agora,
Poderíamos ter seguido tantos caminhos,
Mas decidimos assim,
Lados distintos de uma batalha
Que jamais lutamos,
Nem bem,nem mal,
Apenas diferentes.
Mas e agora,
Frente a frente outra vez,
O que isso quer dizer para nós?
Vou olhar em seus olhos,
(...caminhamos os mesmos passos).
Você vai olhar para mim,
(...mesmo que sol e sombra, era a mesma direção).
Depois de tanto tempo...
E diremos  “Olá.”
E continuaremos lado a lado
Em nossos caminhos opostos.
(30/01/11)


Opostos

Opostos 
I
Memórias coloridas,
Tínhamos tantos planos,
Mas como é a vida,
Nenhum de nós imaginou
Que estaríamos aonde chegamos...
Talvez no fim tenhamos tocado
 tudo aquilo que sonhamos...
Mesmo agora que nossos caminhos
Inverteram-se
Ainda espero mãos que me segurem
Quando eu escorregar.
Será que elas estariam lá?
Agora que temos o que queríamos,
Não sabemos o que buscar.
Será que era exatamente aqui
Onde queríamos estar?
(17/11/10)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Um novo destino

Um novo destino

Estou confusa em meu as minhas loucuras
E em um só instante
Vejo mudar toda minha vida.
Pensei viver num conto de fadas,
Porém agora sei que a magia se desfez
Deixando-me aqui, perdida.

E não posso entender
 Como vivi tanto tempo
Cercada de mentiras.

E se quer saber como eu me sinto,
É só olhar em minha volta
E ver o mundo em que vivo.

Fechei os olhos,
Mas não seguirei me iludindo.
Acabou a farsa,
Não precisa mais fingir.

Adeus tristezas,
Adeus ilusões.
Quero viver novas emoções
E ter um novo sentido,
Um novo caminho

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mar

Mar

Observo-te mar,
Sentada na areia a contemplar,
Sinto uma de suas suaves ondas meus pés tocar.

Vejo sua superfície brilhar,
Vejo a linha que a vem cortar.
Traçará o fim ou o começo desse imenso mar?

Estou a imaginar,
E fico a pensar:
Quantos mistérios esse azul guardará?

Lindo, lindo de olhar.
E fico a perguntar:
Quanto profundo será?

Das mais doces calmarias
Às mais ferozes tormentas vai o mar.
Mar que inspira poesias,
Mar que pode castelos derrubar.

Arriscando-me a sorte
Decido por essas águas navegar.
Sabe Deus se me espera a morte
Ou o mais doce sonhar

Quero em sua alma mergulhar grandioso,
E lá encontrar seu tesouro mais valioso.
Quero descobrir-te por dentro mar.
Conhecer seu mais secreto cismar.

Quero saber,
Quero entender,
Ir além de seu silenciar.
Quero a você, todo, por inteiro, desvendar.


















Dias de Paz

Dias de paz


Queria os seus braços nesse instante...
Mas tudo se complica,
E nada é exatamente como queríamos...
Por que minha a cada respiração minha
Meu coração se desfaz?
Por que é tão difícil um momento de paz?
Seria tão bom fechar os olhos
E então estar num outro lugar,
Sem maldade, sem escuridão,sem essa dor...
Um lugar nosso,
Onde tudo fosse mais fácil,
A cada passo de amor ao seu lado,
E nos seus olhos encontrar o meu lar...
Mas sei que a realidade é diferente,
Sei que tenho que acordar
E mais um dia esperar um amanhã feliz,
Meu final feliz...
Estou cansada de sangrar,
Dias bons são tão raros...
Preto e branco passa o tempo,
Vivendo por um depois
Que é incerto...
Jurei a você o meu coração,
Tudo que sou...
Tão perto do precipício,
Mas enquanto sua mão estiver na minha
Sei que estou segura.
Apenas continue aqui,
Sempre aqui.


domingo, 15 de maio de 2011

Amor

Amor

Tão belo é o amor nosso 
Que ao coração aquece.
Como os rios que passam serenos,
Como na doçura de uma prece. 

Belo como as flores com mil cores sorrindo.
E o sol que por toda parte 
Transforma tudo em arte 
Com seu simples toque de calor... 
Esse é o nosso amor. 

E se nuvens cinzentas  
Esconderem a luz das estrelas, 
Basta pensar nestes versos 
E na imensidão do universo. 
Poderemos revê-las. 

Nosso amor na tristeza é alento, 
É abrigo na tempestade, 
E em desafio ao tempo 
Vai ser eternidade.

Só o amor,
o nosso amor,
Que faz essa vida pequena
Valer tanto a pena.

sábado, 14 de maio de 2011

Máscara

Máscara

Arranha minha pele,
destrói meu coração,
desmancha minha vida…
Nada vale, nada fica.
Não busco redenção.

Remonte,refaça,
Adore-me ou parta,
Só não fique com essa máscara.

Respirando silêncio,
Bebendo o teu vazio,
Existindo em teu frio.
Não, não me ofereça salvação,
Já não busco tua mão.

Noite clara...
Seguindo a estrada na contramão.
Perdida, achada?
Mas não parada,
Já não me contento com teu chão.

Remonte,refaça,
Adore-me ou parta,
Só não fique com essa máscara.

Só não fique com essa máscara.
Só não fique com essa máscara.


Anjo meu

Anjo meu

Sou tua poeta,
Tua doce visão incandescente.
Sou a estrada, meu pássaro raro,
Pela qual, em vôo, deslizas suavemente.

Para ti faço-me mar
Para saciar tua sede.
Por ti meus sonhos viajam,
Desmoronando qualquer parede.

Por ti sou canção,
Sou poesia-gente
Mostrando ao mundo
Tudo que no coração sente.

Por ti, meu amado,
Do mais profundo d’alma sedo,
Somente a ti, sol de esplendor,
A flor dos meus segredos.

Tu que de tão meu
 Tornou-se sangue de minhas veias
Tu que hipnotizas
Como o canto das sereias.

Tu és a areia
Na qual em prazer repouso.
Tu que tens a magia
De traduzir os versos que ouso.

A ti, anjo meu,
Escondido sob o negro véu,
Dedico a estrela de meus sentimentos

Para juntar-se a ti aí no céu.

Te tengo en mi

Te tengo en mi

Me veo en reflejo de tu mirada...

Mi todo transbordando
de lo mismo sentimiento 
Que veo en ti.
Cada minuto manteniéndome distante
Para no perderme en mi...
Pero cuando me tocas
Y tan cerca te tengo,
Mis pensamientos pierden su sentido.
Por más que intente olvidar,
Tu recuerdo colore mi mente,
Destrozando mis razones...
Te tengo en mi...
Tus sonrisas, tu voz, tus besos, tus caricias...
Siento en mi pecho tu corazón latiendo...
No hay motivos para dudar,
Soy para ti
Y tú eres para mí...
Deja de luchar.
Piénsame,
Búscame,
Y siénteme...
Estaré aquí, esperándote
Para entregarte mi amor, 
Pues sólo a ti pertenece... 

Direção

Direção

Vejo o céu,
Tão profundo e tão singular.
Releva o mistério
Que não se pode desvendar.

Mas quando chora o céu,
Faz-se gotas a rolar, bem leve,
Caindo na terra,
Transforma-se em neve.

Porém, quando se desfaz de suas armas,
Posso inteiro vê-lo.
Quando se desfaz de sua guarda,
Derrete sua armadura de gelo.

E o gelo torna-se doce mar.
Que vive entre tantas tempestades,
Entre coragens e medos,
Entre mentiras e verdades.

Mas meu mar também se transfunde,
Livra-se dos temores plebeus,
Eleva-se junto aos raios de sol,
Coroando-se Hélio,deus.

Então, a ti indago Hélio,
Serei eu teu heliotrópio eternamente fadado
A seguir pelo horizonte a carruagem
De meu cruel divino amado?

E mesmo se assim for,
Pois do destino não possuímos o timão,
Quando desaguares, céu,
Este peito aberto será tua direção.




Rosa de sangue

Rosa de sangue

Dá-me uma rosa
Deixe que eu a sinta,
Seu doce perfume, sua beleza.
Rosa de sangue,
Sangue da minha alma...
Dá-me uma rosa,
Para com minhas lágrimas regá-la.
Ah, tormento,doce, lento,
Toma todo meu coração.
Chave do abismo,
Prisão, precipício,
Rosa vermelha,
Rosa da paixão...
Embriaga-me com teu perfume,
tira-me a razão,
Mesmo que já não possa
Retirar os espinhos
De minhas tão machucadas mãos...


Ruínas

Água em rochas

Gritos para vazio.
De segredos,um rio...
Admitir um erro é redenção
Mas vale ter razão.
Escondendo com cinismo
Nosso precário egoísmo.
Qual foi o veneno
Que nos contaminou?
Qual foi ácido
Que nos desfigurou?
Lava nas veias.
Coração de areia.
Gelo nos olhos,
Já não há lágrimas.
Ferro nos ossos,
Já não há lástimas.
A dor ensina.
Reconstruirei minha alma das ruínas.